Brilhavam-lhe os olhos e a língua se derretia quando o presidente da UIM do Brasil falava da presença
italiana no Brasil; também o tempo parava, pois Plinio Sarti conseguia falar por horas a fio, sem cansar seus interlocutores, sobre a epopeia da imigração italiana no Brasil.
Como Presidente da UIM, quis organizar uma escola de italiano e ficava feliz quando, após horas de aulas, tinha a possibilidade de se envolver com alunos e professores para falar a língua de Dante, e também discutir sobre arte, cinema, música ou literatura italiana; sim, porque Plinio Sarti era também uma pessoa de cultura rara, sobretudo quando a referência era a Itália.
Talvez o projeto da UIM ao qual esteve mais ligado foi a mostra fotográfica sobre a influência italiana na história do movimento operário e sindical brasileiro; um projeto que, graças ao empenho de Plinio, foi apoiado e mantido pelo Governo do Estado de São Paulo e pelo Instituto Italiano de Cultura. A mostra, cujas imagens com os respectivos textos integram um belo livro, foi organizada no espaço das principais estações do Metrô de São Paulo e apresentada, também, em Roma, na famosa sede da Embaixada Brasileira no Palazzo Pamphili.
Outra ralação especial foi a que ligava Plinio e sua UIM ao grande artista Candido Portinari; a Portinari Plinio estava ligado pela origem comum, no interior de São Paulo, mas sobretudo pela inspiração social na direção dos menos favorecidos, além – obviamente – pelo amor às raízes italianas. Com João Candido Portinari, filho do artista, a UIM realizou, ao longo dos últimos anos, diversos projetos para valorizar e fazer conhecer na Itália e no mundo a obra do grande artista.